A cada ano que passa mais e mais carros são vendidos e tomam as ruas de forma desordenada. O aquecimento econômico e os incentivos governamentais para o transporte individual motorizado, como incentivos fiscais e obras viárias, são os principais catalizadores desta realidade. Soma-se a isso a baixa qualidade do transporte público. Oferta que não atende a demanda, custo elevado e pouca preferência de espaço nas ruas complicam a vida do cidadão que necessita ou opta pela utilização do transporte público.
Mesmo com a priorização de obras viárias para o transporte individual, a infra-estrutura não acompanha o mesmo ritmo de crescimento da venda de automóveis. O trânsito virou parte da vida de muitos brasileiros. O que constatamos é o aumento progressivo do tempo de deslocamento. Em São Paulo, a maior cidade do país, o tempo médio diário de deslocamento supera duas horas e meia. E a tendência é de piora. A cada ano, em média, mais 15 minutos são agregados a este tempo. As consequências são dolorosas. Cada vez menos tempo para se divertir, curtir a família, amigos e dormir. A qualidade de vida de muitos brasileiros está na UTI.
No mesmo ritmo piora a qualidade do ar. O aumento dos congestionamentos e a utilização de combustíveis fósseis, que liberam CO2 e metais pesados no ar, ocasionam doenças respiratórias principalmente em crianças e idosos. O número de acidentados e sequelados também é crescente, principalemnte no grupo de motociclistas, ocupando grande parte dos leitos dos pronto socorros e gerando um custo social gigante.
Sem perceber acabamos dependentes desta forma de locomoção e passamos a não sentir a cidade, apenas passamos por ela. O Dia Mundial Sem Carro + Semana da Mobilidade é uma provacação para tirar o cidadão e os governantes da zona de conforto. É preciso repensar o modelo de cidade, levando em conta questões sociais e ambientais.
Está feito o convite! Viva em uma cidade melhor!
Saiba mais: http://diamundialsemcarro.org
Fonte:diamundialsemcarro.org 22/9/2010
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