Só tomar remédio não basta. Viver com hábitos mais saudáveis é a chave para ter mais saúde
Um dia você pode ir ao médico com o resultado do seu exame de sangue e ver que está com o colesterol alto. Pronto. Esta pode ser uma condição com a qual terá de conviver pelo resto de sua vida. Controlá-lo é imprescindível, porque em altos níveis, ele pode causar doenças cardiovasculares ou derrames cerebrais que podem ocasionar a morte.
“Para quem tem colesterol alto em razão de uma herança genética, é mais difícil o controle dos níveis sem o uso de remédios. Entretanto, a maioria das pessoas apresenta a doença em decorrência de uma vida sedentária e erros alimentares”, explica Roberto Esporcatte, médico responsável pela Unidade Coronariana do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro. Nesses casos, ele indica o uso de medicamentos em doses progressivamente menores, ou mesmo a sua suspensão após a correção do estilo de vida.
Há, pelo menos, dois tipos de tratamento, segundo o médico Paulo Ricardo Nazário Vieceli, cardiologista do Instituto de Cardiologia de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. O primeiro consiste em uma mudança de hábitos: não fumar, consumir bebidas alcoólicas moderadamente, fazer uma reeducação alimentar e praticar atividade física ao menos três vezes por semana. “Essas práticas podem reduzir o LDL [colesterol ruim] e aumentar o HDL [colesterol bom] em 70% das pessoas”, afirma Viecili.
Se, mesmo depois de passar por essa mudança de hábitos, o nível de colesterol não se normalizar, é hora de entrar na segunda etapa do tratamento. Agregar as mudanças de hábito ao uso de remédios. O medicamento, que diminui a absorção e o metabolismo do “colesterol ruim”, é usado principalmente nos casos em que a pessoa já enfartou, tem diabetes ou tem essa herança genética.
Mas atenção: não é porque você está medicado que pode esquecer-se da importância da alimentação e dos exercícios físicos. “Para a maioria dos indivíduos, a ingestão do medicamento apenas reduz as taxas de colesterol temporariamente”, ressalta Esporcatte. E ele ainda pode causar vários efeitos colaterais, como dores musculares constantes e pedra nos rins. Portanto, consulte seu médico regularmente.
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