A glutamina é o aminoácido livre mais abundante no sangue e no tecido muscular. Apesar de ser um aminoácido não essencial na alimentação (ele pode ser sintetizado pelo organismo), é essencial para o funcionamento normal de vários tecidos corporais, com destaque para o sistema imunológico e digestivo. Além disso, é um combustível para as células que combatem as doenças, ajudando assim a defender o corpo contra infecções.

A literatura popular sobre nutrição esportiva divulga que a suplementação oral de glutamina logo após a prática de um exercício intenso:
1- evita a baixa regulação do sistema imunológico
2- melhora o equilíbrio entre a síntese e degradação das proteínas
3- aumenta a ressíntese do glicogênio muscular.
Os efeitos do exercício sobre o metabolismo da glutamina não estão totalmente esclarecidos.
Fatores como a intensidade e duração do exercício e o estado nutricional dos indivíduos são responsáveis pelos dados contraditórios dos estudos realizados.
O uso de glutamina como suplemento nutricional não é considerado doping pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e tem sido estudado por diversos profissionais visando uma efetiva melhoria no desempenho do atleta.
O suplemento alimentar tem como objetivo adicionar ou acrescentar alguma substancia especifica à dieta do indivíduo.
A suplementação da glutamina é uma estratégia muito utilizada em atletas de exercícios prolongados e intensos, onde este aminoácido é intensamente oxidado.

Isso cria uma “janela aberta”, ou seja,m uma oportunidade para o indivíduo pegar um resfriado ou uma infecção.
Nos atletas de endurance que depletam suas reservas de glicogênio, a concentração mais baixa é observada cerca de 2 horas após o início do exercício e leva aproximadamente 5-7 horas para que a concentração seja novamente normalizada.
As estratégias de suplementação diretamente com glutamina somente são eficientes quando é feita na sua forma modificada (dipeptídeo) ou pelo uso de BCAA, pois a glutamina livre é consumida pelas células do intestino, não permitindo que esta atravesse para o sangue, inviabilizando sua disponibilidade para outras regiões. Tal fato torna inviável a justificativa de sua suplementação oral, mesmo para participantes de exercícios físico muito desgastantes.
Maratonistas tem utilizados 5g com 330 ml de água no final da corrida e 2 horas após o término.
Trabalhos que têm testado os efeitos da suplementação de aminoácidos essenciais no desempenho de provas longas, como isoleucina, leucina e valina (os BCAAs), indicam aumento, mesmo sem suplementação, da glutamina circulante, melhorando a imunidade dos atletas.
Como pode ser visto, a adequação da ingestão de proteínas na dieta e a suplementação de alguns aminoácidos são importantes durante o período de treinamento, tornando-se estratégias para aumentar a performance esportiva. Mas lembramos, mais uma vez, que qualquer suplementação de nutrientes deve ser assistida e limitada.
Em resumo, é certo que existe uma queda na concentração de glutamina no sangue após exercícios intensos. Contudo, existem questionamentos sobre a efetividade da suplementação desse aminoácido, sendo necessária a realização de novas pesquisas para que este tema seja devidamente esclarecido.
Principais fontes de glutamina: carnes, soja, leite e seus derivados.
Fonte:
Dra. Priscila Dabaghi
Yana Glaser –
Gostei do artigo, parece realmente um bom suplemento para atletas de alta demanda física.
ResponderExcluirAbraços !