Caminhar ajuda a proteger o cérebro da perda de memória decorrente do envelhecimento
Pesquisadores americanos disseram na última quarta-feira que caminhar pelo 9,6km diariamente pode ajudar na luta contra a demência, evitando o encolhimento do cérebro mais tarde, na idade avançada.
Participaram do estudo, realizado em Pittsburgh (Estados Unidos), cerca de 300 pessoas que tiveram suas caminhadas semanais monitoradas. Os participantes que caminhavam pelo 9,6km semanais apresentaram menores índices de encolhimento do cérebro, uma condição decorrente do avanço da idade.
"O cérebro sofre um encolhimento no final da idade adulta, o que pode causar problemas de memória. Nossos resultados devem estimular a realização de testes de exercícios físicos bem elaborados para analisar pessoas de meia idade, funcionando como uma técnica promissora na prevenção da demência e da doença de Alzheimer", diz Kirk Erickson, da Universidade de Pittsburgh, cujo estudo foi publicado na revista especializada Neurology.
O Alzheimer, a forma mais comum de demência, mata lentamente as células cerebrais e atividades como a caminhada têm mostrado resultados na construção do volume cerebral. Erickson e seus colegas de equipe realizaram testes para analisar se as pessoas que fazem caminhadas regulares podem ou não estar melhor posicionadas na luta contra a doença.
O estudo reuniu 299 pessoas que não sofriam de demência e que tiveram suas caminhadas monitoradas. Nove anos depois, cientistas realizaram tomografias para calcular o volume do cérebro dos participantes.
Quatro anos depois, os voluntários passaram por testes para checar a presença de debilidade cognitiva ou demência.
Os pesquisadores constataram que aqueles que caminhavam entre 9,6km e 14,5km por semana apresentavam a metade dos riscos de desenvolver problemas de memória.
"Nossos estudos estão em conformidade com dados de que atividades aeróbicas ativam funções cerebrais que possivelmente aumentam o volume da massa cinzenta", escreveu a equipe.
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Os pesquisadores afirmam que outros estudos serão necessários para comprovar a relação dos exercícios físicos e a demência, mas, na ausência de outros tratamentos eficazes para combater o Alzheimer, caminhar pode ser uma forma bem saudável de prevenir a doença.
"Se os exercícios regulares na meia idade podem melhorar a saúde cerebral e ajudar a melhorar o pensamento e a memória na velhice. Essa seria mais uma boa razão para que eles se tornassem uma necessidade básica de saúde pública para pessoas de todas as idades", disse Erickson.
Ainda não existem medicamentos capazes de alterar a progressão do Alzheimer, doença que afeta mais de 26 milhões de pessoas em todo o mundo.
Fonte: IG SP
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