Dia Nacional do Controle da Obesidade traz a discussão sobre a importância da alimentação saudável, que afeta até a produtividade
Na correria do dia a dia, resta pouco tempo para prestar atenção na alimentação e isso acaba refletindo na disposição, na produtividade do profissional e, é claro, na saúde. No Dia Nacional do Controle da Obesidade, celebrado hoje (27), as discussões sobre os hábitos alimentares ganham destaque.
Reduzir a rotina alimentar ao café da manhã, almoço e jantar é um dos erros comuns, que acarretam, muitas vezes, na ingestão exagerada de alimentos nessas poucas refeições e, consequentemente, forte sonolência no início da tarde.
Além disso, pular refeições faz com que a fome aumente, o que amplia a possibilidade de ingestão de alimentos pouco nutritivos e mais calóricos. “Hoje um dos grandes problemas das empresas são as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, por isso é tão importante investir na educação alimentar”, afirma Selma de Britto, especialista do Conselho Regional de Nutrição de São Paulo.
O Programa de Alimentação do Trabalhador, do Ministério do Trabalho – que oferece incentivos fiscais às empresas que ajudam a promover a saúde do funcionário, seja com o fornecimento de alimentação, vale-refeição ou orientação nutricional – tem como objetivo impulsionar hábitos mais saudáveis. “As companhias têm investido mais em cardápios adequados e estão contratando nutricionistas para dar orientação aos profissionais”, diz Rosicler Rodriguez, nutricionista associada à Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV)
Foto: SXC
Nutrientes, presentes em frutas e em legumes, auxiliam no combate ao stress
Funcionário mais produtivo
Recente pesquisa da ABQV revela que para 80% dos entrevistados a preocupação das empresas como o bem-estar dos profissionais é crescente. O estudo, realizado com mais de 500 gestores de programas de Qualidade de Vida, na Sessão Interativa do X Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida, aponta que para 41,2% dos profissionais a principal motivação das empresas para desenvolver programas de qualidade de vida é a redução de custos com saúde, seguida pelo aumento da produtividade dos funcionários, 32,7%.
Na opinião de 12,5% dos entrevistados o maior problema relacionado ao estilo de vida nas organizações brasileiras é nutrição e obesidade. O item fica atrás do stress, citado por 40% dos executivos, questões psicossociais (25%) e atividade física (20%) Além disso, segundo 12,1% dos gestores, as ações mais oferecidas pelos programas de qualidade de vida são as que envolvem alimentação saudável
Hábitos saudáveis
Algumas mudanças ajudam a manter a saúde e a forma
- Lanches entre refeições: Frutas, barras de cereais, iogurtes e até biscoitos sem recheio são boas pedidas para os intervalos entre as principais refeições. “Isso ajuda a comer menos e facilita a digestão, além de acelerar o metabolismo”, diz Selma. “No cardápio dos lanches também podem ser incluídos frutas secas, amêndoas, castanhas e nozes. Esses alimentos são fontes de nutrientes e a falta de nutrientes piora os quadros de estresse.”
- Equilíbrio no prato: No café da manhã, almoço e jantar é importante combinar adequadamente os alimentos. Assim, ao comer carboidratos, legumes e verduras, além de uma carne, o profissional está equilibrando sua refeição, ingerindo diversos grupos de alimentos. O tradicional arroz e feijão não deve faltar à mesa. “É uma ótima combinação do ponto de vista nutricional”, diz Rosicler.
Benefícios
De acordo com o Ministério do Trabalho a alimentação balanceada traz ganhos para profissionais, empresa e governo:
Trabalhador
- Melhoria de suas condições nutricionais e de qualidade de vida;
- Aumento de sua capacidade física, resistência à fadia e a doenças;
- Redução de riscos de acidentes de trabalho.
Empresas
- Aumento de produtividade;
- Maior integração entre trabalhador e empresa;
- Redução do absenteísmo (atrasos e faltas) e da rotatividade;
- Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida;
- Incentivo fiscal (dedução de até quatro por cento no imposto de renda devido).
Governo
- Redução de despesas e investimentos na área da saúde;
- Crescimento da atividade econômica;
- Bem-estar social.
Fonte: Roberta Gonçalves, iG São Paulo
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