O conhecimento a respeito da composição microbial do ecossistema intestinal na saúde e na doença ainda é limitado.
Sabe-se que o intestino contém extensiva microbiota – 100.000 bilhões de bactérias localizadas principalmente no cólon; no nível de espécies e cepas, a diversidade microbial entre indivíduos é notória; em adultos saudáveis, a composição fecal é estável ao longo dos anos.
O intestino é o órgão mais importante relacionado à função imunológica: aproximadamente 60% das células imunológicas do corpo se concentram na mucosa intestinal.
O termo probióticos foi apresentado em 1965 por Lilly e Stillwell, diferentemente dos antibióticos, os probióticos foram definidos como fatores derivados de micro-organismos que estimulam o crescimento de outros organismos. Em 1989, Roy Fuller ressaltou a necessidade da viabilidade para probióticos e apresentou a idéia de ter um efeito benéfico no hospedeiro.
Probióticos são micro-organismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas oferecem beneficio a saúde do hospedeiro, podem ser acrescidos a muitos tipos de produtos, incluindo alimentos, como iogurtes, drogas e suplementos dietéticos.
Os mais comumente encontrados são espécies de Lactobacillus e Bifidobacterium.
Os probióticos afetam o ecossistema intestinal através do estímulo dos mecanismos imunológicos da mucosa, como, modular os perfis de citocinas, induzir hiporresponsividade a antígenos alimentares, e estímulos dos mecanismos não imunológicos, como, competir por nutrientes e sítios de adesão com patógenos, alterar pH local, aprimorar a função da barreira intestinal entre outros benefícios.
Já prebióticos são substâncias dietéticas, principalmente formadas de polissacarídeos não amidos e oligossacarídeos, pobremente digeridos pelas enzimas humanas, que nutrem um grupo seleto de micro-organismos presentes no intestino. Favorecem o crescimento de bactérias beneficentes comparativamente aquelas prejudiciais.
Geralmente, são utilizados com ingrediente alimentar- em bolachas, cereais e derivados do leite, por exemplo.
Os prebióticos mais conhecidos são: oligofrutose, inulina, galactoologossacarídeos, lactulose e oligossacarídeos do leite materno.
Afetam as bactérias intestinais através do aumento do número de bactérias anaeróbicas benéficas e do decréscimo das bactérias potencialmente patogênicas.
Os prebióticos possuem efeitos metabólicos, como, produção de ácidos graxos de cadeia curta, metabolismo de gordura e modulação de citocinas, melhorando assim a imunidade do hospedeiro.
Simbióticos são produtos que combinam probióticos e prebióticos, como por exemplo, quando um prebiótico como o frutooligossacarídeo é adicionado a um iogurte probiótico. O consumo de prebióticos junto com probióticos aumentam a eficiência de cada um deles.
A simbiose entre microbiota e hospedeiro pode ser otimizada pela intervenção farmacológica ou nutricional no ecossistema microbial do intestino mediante a utilização de probióticos e prebióticos.
A manutenção de uma flora intestinal saudável não apenas ajuda a digestão e fortalece o sistema imunológico, como também previne constipação, reduz insônia e acredita-se que possa ter impacto benéfico em doenças relacionadas ao estresse.
Cuide da sua saúde intestinal!
Fonte: Colunista Fabiana Rajs- Portal da Atividade Física
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