Por ser uma doença que não possui sintomas e, na maioria das vezes, só é descoberta quando ocorre uma fratura no corpo, é preciso redobrar a atenção na prevenção. Segundo o Dr. Bruno Muzzi Camargos, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Desintometria Clínica e Coordenador do setor de Desintometria Óssea do Hospital Mater Dei de Belo Horizonte, já há maneiras de diagnosticar a osteoporose sem que a pessoa sofra alguma lesão óssea. “Como é silenciosa, medidas preventivas são necessárias”, confirma.
Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente, cerca de 10 milhões de brasileiros são vítimas da osteoporose e, apenas em 25% dos casos ela é diagnosticada antes de alguma lesão óssea. Anualmente, ocorrem 1,5 milhões de fraturas causadas pela doença, número maior que a soma de incidências de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e câncer de mama. Portanto, conheça os cinco maiores mitos que rondam a doença e previna-se corretamente.
1º mito: A osteoporose não é fatal
Não é bem assim. As fraturas consequentes da doença podem trazer problemas muito sérios e até levar, sim, ao óbito, como no caso da fratura de quadril. “Este tipo de lesão está sujeita a resultar em trombose ou até embolia gordurosa, por culpa da agressividade da fratura”, afirma o Dr. Muzzi.
2º mito: A preocupação com a osteoporose somente é necessária após a menopausa
Nada disso. Para as mulheres, a queda no nível de cálcio nos ossos é maior depois da menopausa, mas não há razões para esperar este acontecimento para se precaver. A instalação da doença pode se iniciar na infância, tornando importante garantir a formação de ossos resistentes com frequência. Uma dieta que tenha boa quantidade de cálcio, a prática de atividades físicas e a exposição à luz do sol, ainda que por cinco minutos ao dia, a fim de garantir a formação de vitamina D no organismo, são atitudes fundamentais para desenvolver uma massa óssea de qualidade desde a infância.
Segundo o Dr. Muzzi, o tabagismo, a anorexia, o uso de medicamentos com cortisona e quimioterápicos e fast food em excesso – refrigerantes e sanduíches – também são fatores que contribuem para que o cálcio não se mantenha em um nível adequado no organismo.
3º mito: Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física, pois pode ocasionar uma fratura
Muito pelo contrário. A prática de atividade física apropriada, que na maioria dos casos é indicada pelos especialistas, é fundamental para fortalecer os ossos, os músculos e prevenir-se de quedas, pois melhora o equilíbrio. Com exercícios, os ossos se tornam mais protegidos e, além disso, ocasionam bem-estar físico e conforto social e emocional. Para o Dr. Muzzi, a caminhada, a dança de salão e o tai chi chuan são excelentes exercícios para vítimas da osteoporose.
4º mito: Quem não gosta de leite corre maior risco de ter osteoporose
Nem sempre. Caso a pessoa não consuma a quantidade diária de cálcio necessária, maiores são os riscos de ter a doença. No entanto, não é apenas o leite que possui o nutriente; seus derivados, vegetais verdes escuros e peixes também são uma ótima fonte para o organismo. A quantidade diária recomendada está entre 800 e 1.000 mg para os jovens e 1.000 e 1.200 mg para os adultos.
5º mito: A osteoporose não tem cura, portanto, não pode ser tratada
Realmente, a doença é crônica, mas isso não impede que seja tratada para evitar a sua progressão, maiores complicações e reduzir o risco de possíveis fraturas ósseas. Tomar o medicamento indicado pelo médico continuamente e de maneira adequada é essencial para mantê-la controlada.
FONTE: INTERNET
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