segunda-feira, 18 de maio de 2015

Orientação no mar: não saia da linha

Torne seu nado mais eficiente melhorando sua técnica de orientação no mar

Torne seu nado mais eficiente melhorando sua técnica de orientação no mar
Por Ana Lídia Borba

Para a maioria dos nadadores, a orientação no mar representa a principal diferença em relação ao nado em piscina. Apesar de ser um aspecto nunca treinado no ambiente controlado (salvo quando o treino tem esse objetivo específico), a rápida localização das boias e o redirecionamento do deslocamento a fim de executar o caminho mais curto possível entre as mesmas são fatores fundamentais para uma natação eficiente no triathlon.A teoria por trás da orientação no mar é simples: o atleta levanta a cabeça até que seus olhos estejam acima do nível da água, procura a boia, alinha seu corpo com o alvo e nada mais algumas braçadas, antes de repetir todo o processo.

No entanto, ao levantar a cabeça, a tendência é que o quadril afunde, sua braçada fique mais curta e que a respiração frontal faça com que ele beba água inadvertidamente.
Para evitar essa situação e manter a fluidez do nado, saiba como aplicar corretamente os principais pontos da técnica de orientação no mar.

Visualização

Levante a cabeça apenas o necessário para enxergar à frente — em águas calmas, não chega a ser necessário sequer tirar o nariz da água. Se o mar ou lago estiver mexido, levante um pouco mais o rosto, até a altura do queixo ou pescoço, e tire proveito das ondulações — procure a referência (boia ou saída da água) quando estiver no alto, para que você tenha maior alcance de visão.

Respiração

Não respire durante a visualização! Após olhar para a frente, gire a cabeça para o lado do braço que está na fase de recuperação (fase aérea). Só então, com o rosto voltado para o lado, execute a respiração e coloque-o novamente na água.

Apoio

Ao se preparar para a orientação no mar, mantenha o braço da frente estendido por alguns segundos além do que você faria durante o nado normal, criando um ponto de apoio na água. Isso manterá seu tronco ligeiramente mais elevado, tornando mais fácil levantar a cabeça.

Costas

Arqueie as costas para trás no momento da visualização. Isso evitará que o quadril afunde excessivamente, minimizando o arrasto sob a água. A repetição desse movimento, especialmente em provas longas, exige que a musculatura na região lombar esteja bem condicionada — portanto, reforce-a através de treinos específicos (educativos de visualização) e complementares.

Pernada

Durante a visualização, procure aumentar a frequência das pernadas, mantendo a velocidade e evitando que as pernas afundem. Assim, você ganhará eficiência tanto na manutenção da inércia quanto na redução do arrasto.

Frequência de visualização

Realize de duas a três braçadas com visualização consecutivamente: uma ou duas para localizar a meta e alinhar-se a ela, a última para conferir a direção. Nadadores experientes orientam-se a cada 10-12 ciclos de braçadas, mas esse número deve ser menor se você tem dificuldade em manter uma linha reta ao nadar.

Matéria publicada na revista VO2 #105, em setembro de 2014

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