É
o tipo de pergunta que talvez nos anos 80 e 90 tivesse uma resposta,
mas que vivendo nesses novos tempos, nunca soube responder. E nunca quis
responder, pra ser sincera.
Vida útil é algo que a
sociedade impôs pra certas atividades. Perguntar a vida útil de um
atleta é ainda menos óbvio do que perguntar a vida útil do ser humano.
Uns podem dizer 80, mas estão aí os centenários pra provar que é
mentira. Cachorros já provaram que é possível viver mais que 15. Atletas
já provaram que é possível chegar ao auge acima dos 30.
Vida útil existe até que venha alguém e prove o contrário.
Assim
como Roger Federer ontem, ganhando um Grand Slam de tênis com 35 anos
ou Dara Torres em 2008, ganhando a prata olímpica nos 50 livre aos 41.
Ou ainda Oksana Chusovitina no Rio 2016, chegando a uma final na
Ginástica Olímpica aos 40, em sua sétima Olimpíada.
Posso
dar mais exemplos, não tão extremos. Poliana Okimoto ganhando sua
primeira medalha olímpica aos 33 anos. Rogério Romero chegando à sua
quinta olimpíada aos 35. Nicholas Santos mudando de prova e alcançando
índice olímpico aos 36. Joanna Maranhão melhorando suas marcas depois de
12 anos, já com 29 anos. Brasileiros que persistiram mesmo tendo que
ouvir que eram velhos demais. Inclusive, Poliana, Nicholas e Joanna
ainda estão em atividade #beijonoombro
Idade é um número. E as limitações que a idade traz são relativas.
Se
abriu esse post em busca de uma resposta, sinto informar que ela não
existe. Ou talvez exista de forma genérica: a vida útil do nadador
profissional (ou qualquer outro atleta) é exatamente aquela que ele
acredita ter.
Por
:Carolina Mancorvo
Por
:Carolina Mancorvo
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