Caros leitores, como este blog não é lido exclusivamente por triatletas e suponho que muitos devam ter dificuldades para entender os textos aqui postados, decidi, para dirimir as principais dúvidas, escrever um pequeno glossário com os termos básicos, porém fundamentais, para a compreensão do nosso amado esporte.
Alfa. Tipo de macho da espécie humana com alta incidência no grupo de triatletas. Costumam andar em bando e disputar a liderança dos treinos, causando, muitas vezes, a dissolução dos pelotões (vide). Desaparecem durante as competições.
Alimentação de treino. Lanche que seu filho leva pra escola e que você tem vontade de comer mas não tem mais idade para isso, os triatletas consomem, sem constrangimento, antes durante e depois do treinos: bisnaguinha com geléia, melzinho, todinho, bananinhas, entre outros.
Alvará. Permissão concedida pelo cônjuge do triatleta para participar dos treinos longos de final de semana. Obs.: Às vezes o triatleta, não requisitando o alvará com a devida antecedência, arrisca-se a treinar sem ele. Isso pode ter conseqüências matrimônio-judiciais gravíssimas.
Bento box. Pequena bolsinha que fica presa ao quadro da bike onde pode ser colocada a merenda e outros objetos. Costuma ficar melada com os restos de lanche (tal qual a lancheira de seu filho) e, além disso, adquire um odor característico em função da combinação com o suor depositado durante os treinos.
Bomba. Encontrada em dois modelos: de pé e manual, é um objeto que tem a função de encher as câmeras das bicicletas e que o triatleta sempre se esquece de levar (a de pé) quando o pneu está murcho e nunca está com uma (manual) quando seu pneu fura no meio do treino. Na segunda situação ele pode contar com um cilindro de CO2 (ver).
Buraco. Inimigo número 1 dos triatletas. Frequentemente encontrado na raia da USP, ataca os ciclistas ocasionando furos nos pneus, lesões nas rodas, tombos e, acima de tudo, brigas nos pelotões (ver).
Cadência ou ritmo. Modo de dizer a velocidade demonstrando aos demais que não é um corredor de esteira. Enquanto as pessoas dizem 12 km/h, triatletas e corredores experientes dizem 5 minutos/km.
Caramanhola. Conhecida também por squeeze ou garrafinha é um objeto extremamente perigoso, principalmente quando escapa de seu suporte na bicicleta da frente e cai na pista provocando pânico nos ciclistas e, não raro, acidentes sérios. Pode afetar também ciclistas inexperientes que, durante a complexíssima manobra de retirar e colocar a caramanhola no suporte perdem a direção e tombam.
CO2, cilindro de. Pequeno dispositivo que serve para encher as câmeras dos pneus na falta de uma bomba manual portátil. Devem ser atarraxados à válvula da câmera para enchê-las de uma só vez. Apesar de muito práticos, leves e de não ocuparem espaço, nunca funcionam.
Chuva. Pretexto preferido dos triatletas para continuar dormindo às 3ª e 5ª de madrugada, sem culpa.
Facebook. Rede social em que alguns triatletas postam seus treinos, outros se irritam com os treinos postados pelos primeiros e todos, de um modo ou de outro, mostram para o mundo que o triathlon é a coisa mais importante que existe.
Feirinha. Local organizado antes de competições de triathlon com estandes de venda de equipamentos e roupas de triathlon onde os triatletas compram uma vasta quantidade de inutilidades caras como se estivessem fazendo barganhas.
Fuel belt. Cinto ridículo onde se encaixam garrafinhas para hidratação em treinos de corrida. Serve para que os triatletas demonstrarem que estão fazendo um treino longo.
Garmin. GPS de pulso que tem como finalidade registrar todos os detalhes dos treinos como: distância percorrida, velocidade média, elevação e frequência cardíaca mas que o triatleta esquece de por a bateria para carregar, de ligar na hora certa ou de levar para o treino.
Ironman. Doença que costuma acometer os triatletas após um ou dois anos de treino e que, frequentemente, leva a um estado de loucura. Nenhum tratamento eficaz foi descoberto até hoje a despeito das inúmeras pesquisas realizadas por cientistas havaianos.
Meias de compressão. Mistura de meião de futebol com a meia que minha vó usa, e que os triatletas vestem com muito orgulho. A diferença está nas cores e estampas estapafúrdias.
Padoca. Principal razão pela qual os triatletas treinam no sábado. Alguns, inclusive, uns nem treinam, apenas vão ao local para encontrar os demais, tomar café e conversar.
Pelotão. Bando de triatletas que querem ser como as escuderias do Tour de France, mas se comportam como as torcidas organizadas dos times de futebol, sem a organização destas.
Planilha. Motivo de sentimento de culpa e desavenças entre triatleta e seu técnico.
Roda, Zé Rodinha. Habilidade de participar do pelotão sem fazer força. Pessoa especialista nesta habilidade.
Roda Zipp, 404, 808, rodas fechadas Equipamento utilizado por triatletas na vã esperança de melhorar seu desempenho mas que funciona apenas quando as pernas destes já são fortes o suficientes para não precisar deste artifício.
Padoca. Principal razão pela qual os triatletas treinam no sábado. Alguns, inclusive, uns nem treinam, apenas vão ao local para encontrar os demais, tomar café e conversar.
Pelotão. Bando de triatletas que querem ser como as escuderias do Tour de France, mas se comportam como as torcidas organizadas dos times de futebol, sem a organização destas.
Planilha. Motivo de sentimento de culpa e desavenças entre triatleta e seu técnico.
Roda, Zé Rodinha. Habilidade de participar do pelotão sem fazer força. Pessoa especialista nesta habilidade.
Roda Zipp, 404, 808, rodas fechadas Equipamento utilizado por triatletas na vã esperança de melhorar seu desempenho mas que funciona apenas quando as pernas destes já são fortes o suficientes para não precisar deste artifício.
Roupa de borracha – wetsuit. Parente próxima do espartilho, é uma vestimenta que serve para apertar, sufocar e assar a nuca do triatleta durante a natação além de dificultar a transição.
Sapatilha. Calçado utilizado para constranger o triatleta iniciante que, na hora de parar, invariavelmente esquece que esta fica presa ao pedal, não lembra de soltá-la e vai pro chão como um saco de batatas na frente de todos.
Suplementação. Pozinhos, líquidos, géis, cápsulas e comprimidos de cor, gosto e consistência estranhos pelos quais se paga uma nota para, supostamente, melhorar a performance do atleta ou causar um desarranjo gastro intestinal providencial nas provas em que ele sabe que não terá uma boa performance.
Técnico. Pessoa a quem o triatleta ouve mais do que seu pai, sua mãe ou seu cônjuge. O que não quer dizer, entretanto, que o triatleta siga as orientações deste.
Transição. Local que o triatleta não encontra depois de nadar esbaforido ou de pedalar como um louco, onde há uma série de voluntários que não sabem o que fazer, à volta do qual seu filho, seu marido/esposa ou técnico ficam gritando – “vai, vai, você ta bem!” enquanto você nem percebe que saiu pra correr com o capacete na cabeça.
Treino.
Forma de expressão utilizada pelos triatletas para diferenciar-se de quem faz exercícios ou ginástica.
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