Fazer exercícios físicos elimina aqueles quilinhos extras, mas nada de achar que emagreceu só porque depois de suar na esteira você saiu com dois ou três quilos a menos. Essa diferença nada mais é do que líquido perdido – e que deve ser reposto – durante a malhação.
Para restituir a hidratação, há quem tenha o costume de trocar a água pelo isotônico. A medida é indicada apenas para atletas, segundo conselho da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). E o consumo frequente deve ser prescrito por um médico ou nutricionista.
A bebida, chamada também de repositor hidroeletrolítico, é composta por carboidratos, sódio, potássio e minerais, e serve para repor estes nutrientes perdidos durante os exercícios.
“Os isotônicos têm uma formulação distinta, seus componentes aumentam e agilizam a absorção líquida no intestino e repõem os nutrientes eliminados na ginástica. Mas não há benefício real se consumidos sem necessidade”, diz Luciana Rossi, do Conselho Regional de Nutrição de São Paulo. Além disso, como contêm carboidratos, são mais calóricos e podem até favorecer o aumento de peso.
Por conta dessa composição diferenciada, as bebidas não devem ser consumidas por qualquer pessoa. “Elas contêm alto índice de sódio e quem segue uma ingestão controlada desse nutriente, deve evitar consumi-las, como pacientes com insuficiência renal ou hipertensão, por exemplo”, afirma Fernanda Bortolon, nutricionista da Unimed de Porto Alegre. Quem tem tendência a desenvolver pedras nos rins também deve tomar cuidado e beber com parcimônia.
A indicação dos especialistas, principalmente para quem tem restrições, é consultar um médico e prestar atenção ao rótulo que indica as propriedades da bebida. E sempre há opções de substituição. “Para quem prefere algo mais saudável, pode escolher água de coco, que é bem equivalente ao isotônico”, aconselha a nutricionista paulista.
Parâmetros de desidratação
Para saber se há a necessidade de uma hidratação mais intensa, os especialistas indicam alguns truques que podem ser facilmente aferidos. O primeiro deles é pesar-se antes e depois dos exercícios. “Se a perda for superior a 2% do peso total, significa que a desidratação foi grave e essa pessoa pode fazer uso de um isotônico”, indica Luciana. Para Fernanda Bortolon, nutricionista da Unimed de Porto Alegre, verificar se o suor está muito salgado também pode ser uma forma simples de perceber a perda excessiva dos nutrientes.
A cor da urina no xixi feito após a ginástica também é um bom indicador para quem está num local sem uma balança. Ela deve ser límpida, com uma coloração amarelo brilhante, clara. Se estiver turva ou mais escura, é prudente investir na água.
Os perigos da falta de líquido
O primeiro sinal de desidratação é a sede. Mesmo que leve, já é um sinal de que o nível de água no corpo está abaixo do ideal para que ele realize suas funções plenamente.
Em um primeiro estágio de desidratação a boca e os olhos ficam secos. Na sequência, a pessoa sente mais dificuldade para realizar atividades corriqueiras, se sente mais pesada e experimenta redução do apetite. Uma desidratação aguda pode causar tontura, fraqueza, dor de cabeça e, em casos muito graves, levar à morte por falência renal.
Cuide-se, mas com inteligência!
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