 
 
Febres, 
dores, inchaços, mal-estar. Todos esses sintomas desagradáveis podem ser 
consequências diretas de um processo de inflamação, ou seja, uma resposta do 
organismo que ocorre tanto para cicatrizar um ferimento, como para proteger 
contra uma infecção. O processo inflamatório serve como barreira para evitar que 
os micro-organismos penetrem nas mucosas e feridas, de tal forma a comprometer a 
saúde.
No 
entanto, a situação começa a mudar de figura quando o processo inflamatório, ao 
invés de funcionar como uma resposta a um agente externo mal-intencionado, 
começa a se instalar no organismo de forma crônica. E muitas vezes, o gatilho 
para esse processo é acionado pelos alimentos que consumimos no dia a dia, já 
que determinadas substâncias neles contidas, como as gorduras saturadas, 
gorduras trans, açúcares refinados, etc., podem ser extremamente irritantes ao 
organismo. Nesse caso, o corpo dará o sinal ao sistema imunológico de que é 
preciso atuar contra elas, eliminando-as.
Na 
inflamação crônica, há a ativação por longo prazo do sistema de defesa, 
promovendo alterações hormonais na mobilização das gorduras e estresse 
oxidativo, processo relacionado ao envelhecimento precoce, entre outros danos. 
Essa inflamação tem sido apontada como fator preponderante para o 
desenvolvimento de diversas doenças, como Alzheimer, diabetes, doenças 
cardiovasculares, artrite, câncer e até mesmo a obesidade.
A 
boa notícia é que alguns alimentos podem modular a resposta inflamatória, 
prevenindo e inibindo este processo, fortalecendo o sistema imunológico e o 
equilíbrio de todas as funções básicas do organismo. Veja quais são 
eles:
 - Algas marinhas wakame, kombu, hiziki: 
contém polissacarídeos carboidratos complexos que ajudam a varrer os radicais 
livres do organismo - importantes na mediação do processo inflamatório e na 
patologia de diversas doenças.
 - Óleo de abacate: possui inúmeros 
compostos que trabalham em conjunto no combate à inflamação. Isto inclui os 
carotenóides, fitosteróis, ácidos graxos ômega-3 e ômega-9 e a vitamina 
E.
 Dica da Nutricionista: o óleo de abacate 
é mais estável a altas temperaturas do que outros óleos vegetais. Sendo assim, 
pode ser utilizado em preparações quentes, como refogados, sem alterar sua 
estrutura química.
- 
Chia, linhaça, óleo de peixe: ricos em ômega-3, ácido graxo que diminui 
significativamente a produção e efetividade de prostaglandinas substâncias 
naturais similares a hormônios, que podem acentuar a 
inflamação.
- 
Oleaginosas nozes, amêndoas, castanhas: são ricas em arginina, que aumenta a 
produção de oxido nítrico e estimula a dilatação dos vasos, melhorando a 
circulação. Fontes de gorduras mono e poli-insaturadas, que atuam na redução do 
colesterol, triglicerídeos e da pressão arterial. E, ainda, contém boas doses de 
magnésio, mineral com elevado potencial anti-inflamatório.
- 
Cúrcuma: fonte de curcumina, um antioxidante importante na modulação da 
inflamação. Além disso, aumenta a produção de adiponectina - hormônio 
relacionado à oxidação das gorduras.
Dica 
da Nutricionista: adicionar a cúrcuma no final das preparações, para que sejam 
preservados os seus benefícios! Arroz integral, molho de tomate e legumes ao 
vapor combinam bem com este condimento!
 - Açaí, cranberry, goji berries, uva 
escura: são ricas em flavonóides como as antocianinas, que neutralizam a ação 
dos radicais livres, moléculas responsáveis por danos ao nosso organismo. 
Pesquisas têm mostrado que as antocianinas inibem a enzima ciclooxigenase 
impedindo a síntese de prostaglandinas de modo mais eficiente do que alguns 
medicamentos anti-inflamatórios. Melhor ainda: sem os efeitos colaterais 
indesejáveis!
- 
Azeite de Oliva Extravirgem: um estudo recente identificou no azeite, um agente 
natural anti-inflamatório, batizado pelos pesquisadores de oleocanthal, que atua 
inibindo a atividade da enzima ciclooxigenase, sendo um potente 
anti-inflamatório. Também é fonte de compostos fenólicos, que além da função 
anti-inflamatória, possuem atividade antioxidante.
Dica 
da Nutricionista: substitua a manteiga convencional pela manteiga de azeite com 
ervas. Basta colocar azeite extra-virgem com as ervas de sua preferência em uma 
vasilha e levá-la à geladeira, até solidificar.
Boas 
opções de ervas são: manjericão, alecrim e orégano. Variá-las a cada preparação 
deixa a manteiga com um sabor diferente e delicioso!
 - Gengibre: possui em sua composição o 
gingerol, substância com elevado poder analgésico, antipirético e bactericida. 
E, ainda, contém selênio - mineral com excelente ação 
anti-inflamatória.
 - Alho: fonte de aliina e alicina, 
substâncias de potente ação antioxidante, que estimulam a resposta imunológica e 
atuam no combate a infecções e inflamações.
Dica 
da Nutricionista: para aproveitar as suas propriedades benéficas deve-se picar e 
macerar o alho e esperar por cerca de 10 minutos para a sua utilização tempo 
necessário para as enzimas presentes no próprio vegetal agirem. Consumi-lo 
preferencialmente cru, ou no final das preparações.
 Vale destacar que neste contexto, alguns 
estudos vêm demonstrando bons resultados na adoção de uma dieta sem glúten. Isso 
porque há uma ativação do sistema imunológico, quando o corpo não digere bem 
essa proteína. Nessas condições, ela acaba sendo identificada como um corpo 
estranho pelo organismo. Porém, nos dias atuais, a oferta de produtos sem glúten 
é grande. É possível encontrar pães, biscoitos, torradas, bolos, macarrão, massa 
de pizza, barras de cereais, farinhas, entre outros, que podem substituir as 
versões tradicionais, com glúten, sem prejuízos à dieta e à 
saúde!
http://www.areadetreino.com.br/
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário