Mais importante do que controlar o peso corporal é acompanhar sua composição corporal (massa magra X concentração de gordura), sobretudo, a circunferência abdominal. Essa medida, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o ponto médio entre a última costela e a crista do osso ilíaco, ou, para simplificar, a menor circunferência da região abdominal (equivalente à cintura) tem relação direta com o aumento das chances de desenvolver síndrome metabólica (pré-diabetes), aumento de triglicérideos, colesterol e hipertensão arterial.
PARÂMETROS NA OMS PARA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL:
Homens
Acima de 94 cm (Risco aumentado)
Acima de102 cm (Risco muito aumentado)
Mulheres
Acima de 80 cm (Risco aumentado)
Acima de 88 cm (Risco muito aumentado)
OBS. O cirurgião cardiovascular e autor turco-americano, Dr. Mehmet Oz, propõe uma dica prática para personalizar uma medida de controle para uma circunferência abdominal saudável: A medida da sua Circunferência Abdominal deve ser inferior à metade da sua altura. (EXEMPLO: se a sua altura é de 1,78m, então sua Circunferência Abdominal Saudável deve ser inferior a 89cm).
Uma das principais razões que fazem do tecido adiposo abdominal tão prejudicial à saúde é fato de ser um órgão dinâmico que secreta várias substâncias denominadas ADIPOCITOCINAS. Estas adipocitocinas, em sua grande maioria, estão relacionadas, direta ou indiretamente, a processos que contribuem com a aterosclerose, hipertensão arterial, dislipidemias, resistência à insulina e diabetes, representando o elo entre a adiposidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.
Particularmente na região abdominal existem 2 tipos de gordura que apresentam perfis metabólicos distintos: a gordura subcutânea, palpável ao beliscarmos o abdômen e a visceral ou omental, localizada entre as vísceras, abaixo da musculatura abdominal, a conhecida “barriga de chopp”.
O tecido adiposo visceral, além de representar o "mangue do nosso organismo" por reter a maior concentração de xenobióticos (toxinas químicas) que entram em nosso corpo pela pele, ar, água e alimentos, é o que secreta maior concentração de adipocitocinas, seguido do tecido adiposo subcutâneo abdominal e do tecido subcutâneo glúteo-femural, o que explica a importância de manter a circunferência abdominal dentro dos parâmetros determinados pela OMS.
Por outro lado, a gordura omental é mais sensível a queima de gordura quando comparada à gordura subcutânea abdominal e glúteo-femoral (quadris), ou seja, a prática regular de atividade física, associada ao ajuste da alimentação e a adição de suplementos nutricionais reduz a circunferência abdominal de forma rápida e eficaz. Em outras palavras, a gordura abdiminal é muito perigosa para nossa saúde cardiovascular, mas é mais facilmente reduzida com os 3 pilares (Alimentação + Suplementação + Exercícios) do que a gordura subcutânea do abdomen e quadris, que reprezentam mais problemas estéticos do que comprometem nossa saúde.
Para saber mais:
Arq Bras Endocrinol Metab vol.48 no.6 São Paulo Dec. 2004
Gordura visceral, subcutânea ou intramuscular: onde está o problema?
Helen H.M. Hermsdorff; Josefina B.R. Monteiro
Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa – UFV, Viçosa, MG
Fonte:Cleiton de Castro
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