terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

10 problemas que só quem é fundista entende



Só quem já foi (ou ainda é) fundista entende os sofrimentos gerados por isso. Seja no treino ou na competição, nadadores de longa metragem nunca saíram beneficiados de nenhuma situação. Por isso, a autora desse texto acredita (e
eutambém) que nenhum nadador escolhe ser fundista. Provavelmente, ao fim de uma série longa quando mais novo(a), seu treinador te olhou com uma cara engraçada e a próxima coisa que se lembra é de estar inscrito(a) em uma prova de 800 livre.


Segue abaixo 10 itens (a maioria traduzido e adaptado do texto de Claire Forrest) que comprovam que ser fundista é um verdadeiro desafio:

1- Perder as contas durante a série

Além de todos os pensamentos estranhos que vêm à mente durante os treinos longos. “Nossa, não ouço essa música há 10 anos, porque meu cérebro desenterrou essa repentinamente? E não me lembro do refrão! Calma, quantos metros faltam?”

2- Pessoas não prestam atenção na sua prova

“Essas pessoas que estão na piscina, estão competindo mais de um quilômetro, meus amigos. MAIS de um KM! Podem conferir seu Whatsapp agora”. Pior são as pessoas que fingem que assistem a prova inteira, mas a gente sabe que só veem os últimos 50 metros. Provas longas é a hora que todo mundo aproveita para ir na barraquinha ver uns maiôs.

3- A SporTV vai para o comercial no meio dos 800 livre

Outro legado deixado pela já inacreditável carreira de fundista de Katie Ledecky é que ela nada tão rápido, que toda sua prova cabe antes do comercial. Mas ela é uma exceção. Sua única chance de ver seu esporte na TV e você sequer consegue assistir inteiro.

4- Estar na raia do canto, onde seu treinador controla cada braçada dada durante toda a provaHá uma pessoa que irá assistir cada segundo de sua prova, sem falar dos pulos, as corridas por todo o percurso da piscina e a agitação dos braços em sua direção com cara de bravo… seu treinador(a). “Sim, estou te vendo. Sim, sei que estou fora do ritmo.” Quando você vê seu treinador à beira da loucura, é difícil distrair.

5- Quando o treino mais desafiador de um velocista é igual ao seu polimento

E ainda tem que ouvir os velocistas falando que 200 é prova de fundo.

6- Nadar a série fraca

Não há nada pior que esperar toda a competição para perceber que você está na última série de 800 livre e tem que esperar mais uma hora para competir.



7- Quando a temperatura da piscina está quente

Enquanto a maioria dos velocistas são indiferentes à altas temperaturas, você já se desespera, pois sabe que nadará seus 1500 inteiros com a sensação de estar sendo cozido em banho maria.

8- Quando você sente sua touca ou óculos caindo aos poucos durante a prova

Fundistas têm pesadelos com isso. Você ajusta até o último momento, mas o destino insiste em atrapalhar.

9- Quando ouvir o sininho é a única coisa que te faz continuar

Todos já passaram por isso: continue a nadar. Ouvir o sininho. Você está quase lá, você é capaz!

10- A adrenalina que você sente após uma boa prova


Você se sente voando! Foi isso mesmo? Você sente que passou tão rápido. Você vai sentir a dor daqui a pouco, quando esfriar, mas agora, aproveite essa sensação. Porque há sim todos esses desafios, mas atingir um objetivo em uma prova longa é o que faz continuar, metro atrás de metro, série atrás de série.

Texto traduzido e adaptado de Claire Forrest

Por: Carolina Moncorvo

6 sofrimentos do nadador de borboleta


Nadar borboleta não é algo simples. Mesmo para quem é nadador, se locomover através do nado borbo pode ser um sofrimento. Admiramos, e muito, os especialistas desse difícil nado. O site YourSwimBook decidiu homenagea-los com 6 sofrimentos do nadador de borboleta, que por si só já os fazem merecer nosso respeito.

1. Dividir raia é complicado.

O especialista de borboleta tem afinidade com um outro colega nadador de borboleta. Eles entendem um ao outro. Sendo assim, compartilhar uma raia com vários dessa espécie é uma tortura. Nadar em uma raia com outro nadador de borbo pode até ser interessante, mas uma raia cheia deles é praticamente uma mutilação.

2. Quando um nadador de borboleta trava, ele TRAVA.

O Borbo, quando nadado de forma adequada, é admirável de se assistir. É suave, fácil, flui. Mas quando alguém trava durante uma série difícil ou principalmente em uma prova de 200… não só se torna algo desagradável, como dá vontade de rezar em nome daquela pessoa, para que seu sofrimento acabe logo.
Nos outros três estilos, se sua frequência de braçada entra em colapso, ao menos lhe resta um pouco de dignidade. Com o borboleta, a única coisa que lhe resta é esforçar-se para conseguir tirar sua cabeça pra fora da piscina e continuar respirando.


3. Não existe nadar solto.

Já teve algum treinador que te pediu pra nadar 200 borbo solto? Ah sim, entendi. Há apenas dois níveis de nado borboleta: o nível rápido e o nível sofrimento.

4. Você não pode evitar nadar os 200 borboleta.

Uma das maldições de ser um nadador de borboleta é que você tem apenas duas provas para optar (três se a competição é caridosa o bastante pra te dar a opção de nadar os 50).
Isso significa, que por ser nadador de borboleta, sempre irá sobrar a prova dos 200 pra você. Pode até não ser ruim em piscina curta, se você tem um bom submerso, mas em piscina longa….



5. Nadar borboleta nas raias do canto

Treinar nas raias do canto signifca que você adquiriu ao longo da vida graúdos calos em suas articulações. Você já bateu sua mão em tudo que uma borda de piscina tem a oferecer: a haste da bandeirinha, as escadinhas, o jato do aquecedor, o corrimão da escada, as cordas da raia, e em todos seus colegas de equipe.
Nadar borboleta significa soltar suas asas e não é fácil quando uma das asas sempre encontra um obstáculo pelo caminho.

6. Aquecimento de competição são sempre uma aventura.

Você não gosta, nenhum pouco, mas não tem jeito. Você também precisa aquecer! Os aquecimentos de competição são um desafio pra qualquer nadador, de qualquer estilo, tendo que dividir a raia com mais 500 indivíduos.



Jogue um monte de nadador de borboleta nesse meio e você terá um monte de braços entrelaçados, batidas de antebraços e adaptação de braçada pra tentar desviar do caos.

Por: Carolina Moncorvo

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Natação: veja 10 motivos para começar a nadar o quanto antes!

Muitas crianças querem nadar para ser como tritões e sereias que veem na televisão, alguns adultos nadam apenas por hobby, profissionalmente ou em busca de um condicionamento, aparência e saúde, mas os benefícios da natação vão muito além disso.
Conheça um pouco mais sobre a natação que refresca e ainda evita o desconforto de suor nas temperaturas muito altas.

 Confira:

1 - Sobrevivência
Em muitos lugares, como no Paraná por exemplo, os índices de morte por afogamento aumentaram muito nos últimos anos. Isso aconteceu por causa de dois fatores: pessoas que não sabem nadar e outras que, por excesso de confiança e falta de costume com o meio aquático, acabam não conseguindo se salvar em um momento de necessidade.

2 - Melhora as funções cardiorrespiratórias
Quando você começa a nadar, a capacidade cardiorrespiratória torna-se mais exigida pelo seu corpo. E com o tempo, você ganha uma melhora no sistema cardiorrespiratório, que se tornará mais resistente ao exercício.

3 - Ajuda no emagrecimento
Graças ao treinamento e reeducação alimentar feita sob orientação de um nutricionista, na primeira semana o aluno já pode perceber a diminuição no percentual de gordura.

4 - Socialização
Para alguns alunos isto é muito importante. Essa interação em grupo na aula da natação, não só na piscina, mas em provas muda muito a cabeça dos jovens e se torna um ponto importante na vida da pessoa.

5 - Resistência muscular
Outro ponto já notado nas primeiras aulas. Assim como a parte cardiorrespiratória, a musculatura é muito usada logo de início. O aluno também irá perceber o aumento da resistência perante ao estímulo, que é pedido durante a prática.

6 - Coordenação motora
Este é um ponto muito importante, principalmente para as crianças. Ao iniciar qualquer tipo de atividade física, a coordenação tende a aumentar seu acervo e isso é algo que ela vai levar para a vida toda. É possível perceber durante a vida adulta, quem foi uma criança que subia em árvores e nadava e quem cresceu em um ambiente mais urbano.
Uma das maneiras de perceber isso é ver um adulto que "não sabe correr direito". Ele até sabe correr, porém seu acervo motor não foi tão estimulado, então determinados movimentos ainda são novos.

7 - Respiração
Um ponto muito trabalhado na natação é: aprender à respirar. Vivemos com uma respiração automática e ninguém pensa, só respira. Ao tomar consciência desta respiração, ela se torna controlada e assim, você consegue cuidar da quantidade e intensidade de ar que inspira e expira. A natação te obriga a fazer isso, porque se você respirar a qualquer hora vai acabar inspirando água. Então, é preciso contar o número de braçadas antes de respirar, tornando a respiração controlada.

8 - Apneia
Ela engloba dois pontos: controle sobre respiração e a sobrevivência. Para alguns movimentos da natação é preciso ter controle em apneia, assim você se torna mais tolerante ao aumento de CO2 no corpo e prepara o corpo para este estímulo oxidativo.

9 - Grupos musculares
Natação é um dos exercícios mais completos pela demanda muscular. É impossível nadar sem ativar o core e mexer as pernas ou os braços.

10 - Água
Água te dá resistência, quanto mais fundo mergulhar, maior a pressão devido a resistência que ela exerce no corpo. A temperatura dá água também traz vantagens. Se a pessoa tem um processo inflamatório, nadar em água morna aumenta a circulação sanguínea e consequentemente também o processo regenerativo.

Por: Gabriel Gameiro

sábado, 25 de fevereiro de 2017

13 Educativos Simples para Melhorar os 4 estilos

Você, caro nadador que, às vezes, considera a natação um esporte monótono e repetitivo: sabia que existem inúmeros exercícios variados para melhorar a qualidade do seu estilo, força, velocidade e resistência? Pois é! Até eu, que nado competitivamente há 13 anos, sou surpreendida constantemente com determinados educativos que fogem completamente da minha rotina normal de treinos.
Abaixo,uma seleção de alguns educativos de execução simples para serem feitos dentro d’água e melhorar a condição do seus quatro estilos:
  •  Crawl 
#1 – Pegada dupla
Com o braço estendido, realizar 1 braçada com o braço direito e uma com o braço esquerdo, trocando a braçada somente quando as mãos se tocarem à frente do corpo.

#2 – Mão fechada
Variações:
1 – com uma mão fechada e a outra mão aberta
2- abrindo e fechando os dedos das mãos durante a braçada
3- afastando e juntando os dedos das mãos
4- girando o punho enquanto faz a puxada

#3 – Popov
Nadar crawl com pernada de borboleta: a pernada deve acontecer a cada entrada de mão entrar na água.

#4 – Crawl de polo
Nadar crawl com a cabeça fora da água, olhando para a frente.
  • Borboleta 
#1 – Arrastar o polegar
Durante o nado, quando braço estiver começando a fase aérea da braçada (recuperação), arraste o dedo polegar (em toda a fase aérea) até a entrada das mãos na água. Esse educativo é utilizado para corrigir a posição, que deve ser feita com os braços bem rentes à água e com ligeira flexão nos cotovelos; as mãos devem entrar na água com as palmas voltadas para fora e na largura do ombro.

#2 – Peito-borboleta
Executam-se três ciclos completos de borboleta e logo depois três braçadas de peito com perna de borboleta. Esse exercício educativo faz o atleta sentir e perceber o agarre (ponto de máxima força), que é o mesmo do nado peito.

#3- Biondi drill
Esse era o educativo favorito de Matt Biondi, nadador americano, campeão olímpico em 1988. O movimento começa com o corpo totalmente estendido à frente, os dois braços esticados, executando-se apenas a pernada de borboleta. O atleta, após duas a quatro pernadas, procede à fase submersa da braçada de borboleta, encerrando-a bem ao final da extensão de seus braços. Ou seja, somente a parte submersa da braçada é executada.
  • Peito 

#1 – 2 braçadas, para 1 pernada
Nadar o estilo com a cabeça se mantendo na posição de streamline, e executando duas braçadas para uma respiração.

#2 – 2 pernadas, para 1 braçada
Nadar peito com a cabeça se mantendo na posição de streamline, e executando duas pernadas para uma respiração.

#3 – Cabeça fora da água
Praticar o estilo com a cabeça sempre fora d’água.
  • Costas
#1 – Braço estendido no tronco
Nadar costas com um braço fazendo a puxada e o outro estendido ao lado do tronco.

#2 – Braço estendido acima da cabeça
Praticar o estilo com um braço fazendo a braçada, e outro, parado a 90°, acima da cabeça (perpendicular ao nível da água).

#3 – Término da braçada
Nadar costas com um braço parado acima da cabeça e outro executando somente o término da puxada (parte submersa da braçada).

Obs: para melhorar a qualidade do nado é necessário muito treino de educativo. Cerca de 50% das séries pensadas para determinado dia, devem reunir exercícios como exemplificados acima. O que você está esperando para melhorar a sua natação? Larga de desculpas e vamos treinar =)





Por: Talitha Adde

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Natação: ganhe condicionamento


Você está decidido a se exercitar, mas, apesar de outras atividades da moda oferecerem um bom condicionamento, a boa e velha natação pode ser uma boa pedida. A modalidade trabalha o sistema cardíaco e respiratório, melhora o preparo físico, além de proporcionar o aumento da massa muscular.

Outro benefício é que, por ser realizado em ambiente aquático, o esporte poupa o seu corpo de lesões por impacto, a grande responsável por castigar as articulações em treinos realizados fora d’água. Isso porque ela reduz os efeitos da gravidade sobre as estruturas ósseas e articulares, o que evita impactos fortes, e ainda estimula o praticante a se esforçar para manter um padrão de coordenação durante a prática, variando intensidade, volume e tempo dos exercícios.

A natação ainda possibilita uma gama maior de movimentos, já que proporciona um condicionamento mais completo, assim como o ganho de metabolismo aeróbio e fortalecimento muscular geral. Quanto aos benefícios mentais, a prática pode aliviar os sintomas de depressão, melhorar a autoestima e a atividade cerebral, aprimorar a coordenação motora e a interação social. Além disso, o poder relaxante da água pode afastar problemas relacionados ao estresse.

Ao praticar os quatro estilos, você exercita quase todos os grupos musculares. Mas no nado mais comum, o crawl, é trabalhado, principalmente, ombros, peitoral, costas, abdômen e quadríceps, sendo que os outros músculos do corpo são usados como auxiliares.

Fonte: Ademir Paulino

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Nade sem ter medo do mar



Você é daqueles nadadores que se sente um peixe na piscina, mas quando precisa encarar uma prova ou um treino em águas abertas acaba ficando nervoso e com medo? Fique tranquilo, essa sensação de medo do mar é muito comum devido a fatores como a possível presença de animais, a correnteza e até o fato de não alcançar o chão com os pés.

Pensando nisso,  nós do Ativo.com consultamos a psicóloga Aline Carvalho e separamos algumas dicas para você encarar insegurança do mar com mais naturalidade. Confira:

Medo x fobia
É necessário entender do que você realmente tem receio antes de saber se é um medo ou uma fobia. A psicóloga explica: “o medo consiste em um sentimento que, embora não muito agradável, serve muita vezes para nos proteger e nos fazer refletir antes de tomar algumas decisões e partir para a ação – ele não imobiliza a pessoa, apenas sinaliza que a situação pode oferecer alguma ameaça. Já a fobia consiste em um medo intenso que paralisa a pessoa e é absolutamente irracional”, diz.

Correnteza
Segundo Aline Carvalho, ter medo da correnteza do mar é algo comum entre pessoas que já sofrem de transtornos ansiosos e que pretendem ter o controle sobre os eventos externos.
“A melhor maneira de superar o medo do mar e da correnteza é aprendendo a lidar com a ansiedade e aceitando o fato de que não podemos controlar o que está fora do nosso alcance. Vá mais vezes para o mar antes de participar de uma prova, nade no raso e, aos poucos, vá pegando mais confiança que tudo pode melhorar”, argumenta.


O medo como aliado
A psicóloga afirma que todos devem encarar seus medos como como sinalizadores positivos que agem para nos proteger de algo que interpretamos como ameaça e, então, usá-los para o auto-conhecimento. “Devemos buscar compreender a função dos nossos medos, detectarmos que são desproporcionais ou excessivos e encará-los”, ensina.

Encontre uma distração Contar as braçadas, mentalizar uma música e fazer um balanço do dia são alguns dos truques que as pessoas usam para encarar seu medo do mar.
“É necessário que o nadador faça um diálogo interno que acalme os pensamentos do medo intenso. Construa imagens mentais de sucesso: está cientificamente comprovado que elas potencializam o desempenho do atleta. As técnicas de mindfulness também podem ser úteis”, finaliza Aline Carvalho.

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